quarta-feira, 26 de abril de 2023

O BLOG ACABOU?

Não! Claro que o blog não acabou, mas ele mudou. Assim como eu mudei. Todos nós mudamos ao longo dos anos. Ai, comecei como uma coach, gostei disso não (hehe). Resumindo a ópera, o blog não acabou, porque aqui é um acervo de todas as resenhas que escrevi, textos que brinquei de escrever e momentos da minha vida nos últimos onze anos que guardo com todo carinho do mundo. Mas a internet mudou e eu também (agora sim, ficou melhor). Hoje em dia nós temos vídeos semanais no meu canal do YouTube e em sua maioria, lá nós temos os vlogs de leitura, que ficaram "no lugar" das resenhas escritas. Eu não me sinto mais tão confortável escrevendo as resenhas, mas me sinto em casa (literalmente) gravando trechos das minhas leituras, tudo sem spoilers, e depois comentando como se fosse uma resenha falada (ou melhor, é uma resenha falada hehe). Além disso temos os vídeos quase que diários no Tiktok e no Reels. Enfim, esse é um registro de como anda o blog.

terça-feira, 10 de maio de 2022

DEZ ANOS DE HISTÓRIA


Quando eu criei o blog no dia 11 de maio de 2012 eu tinha apenas uma coisa na cabeça: Precisava de um lugar parar escrever minhas ideias e textos e falar sobre os livros que eu gostava de ler. Tinha acabado de começar a faculdade de Letras e reza a lenda que quando você começa o curso perde a vontade de ler por prazer. Pensando nisso, acreditei que o blog me faria seguir com tal vontade. E não é que funcionou? Aqui estamos nós. Mais de 800 posts no blog, mais de 600 vídeos no canal e incontáveis posts no Instagram e no TikTok. Nesse meio tempo, já tive parcerias com quase todas as editoras nacionais (algumas seguem comigo), muitas parcerias com autores, já participei de bienais, já conversei com autores nacionais e internacionais, já gravei muitas tags e mais muitos vlogs de leitura. Hoje o blog é uma empresa! Eu nunca imaginaria que isso seria sequer uma possibilidade. Já publiquei dois contos e um livro. Todos ficaram entre os mais vendidos! Já fiz algumas maratonas de 24h também e virei polêmica nas redes quando descobriram (anos depois) que li nove livros em um dia. Fiz amizades que saíram da tela e foram para a vida bem real. Já pensei em desistir de tudo pelo menos uma vez por ano, nesses últimos dez anos. Em alguns anos a vontade foi maior, posso ter pensado isso quase todos os meses. Quem lembra de quando o canal foi deletado por engano depois de denúncias anônimas? Socorro! Quantos VEDAs que quase me deixaram louca? Quantas vezes será que eu falei “Maddox” no blog e canal? Comecei com uma estante, hoje estamos em quase seis. Minha sonhada biblioteca da Bela e a Fera é algo real no meu mundo. Meu Deus! Dez anos. O blog é uma criança grande. É uma vida. Como mudei e cresci nesses anos. E o melhor? Tenho tudo registrado e com data aqui no blog. São outros tempos, já não sinto mais tanta vontade de resenhar por escrito os livros que leio. Acaba que isso fica gravado em vídeo no canal, mas me dá um conforto no coração saber que tudo está aqui no blog, sabe? E que se eu tiver vontade de escreve ele está aqui esperando. Aqui é meu lugarzinho seguro, sabe? É meu. Aproveitando, eu gostaria de agradecer. Obrigada você que está aqui comigo desde que tudo começou e até mesmo você que acabou de chegar. Como eu disse, nem eu que sou uma grande sonhadora conseguiria pensar tão longe.  Olha aonde a gente chegou! Obrigada, blog. E tudo que posso falar é: Continuem sonhando! Façam coisas que gostam e aproveitem cada segundo. Se tem uma coisa que fiz nesses dez anos, foi me divertir. Gravando, escrevendo, respondendo e vivendo. E que venham mais muitos anos. Fiquem de olho que amanhã (o aniversário oficial) tem surpresa vindo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Reminders of Him (Colleen Hoover)


 Ela conseguiu mais uma vez. Eu acho que acabei de ler um dos melhores livros da minha vida. Eu oficialmente já li tudo que essa mulher escreveu e depois de mais de vinte livros ela continua me surpreendendo. Esse livro, assim como todos os outros dela, é real. Aquele real que machuca, que não é fácil de lidar e que te faz questionar tudo que você sabe sobre empatia. Esse livro, na realidade, é a definição de empatia. De esquecer tudo que você acredita e se colocar de verdade no lugar dos personagens. Assim como a grande maioria dos livros da autora (principalmente Verity, Layla, Tarde Demais e Heart Bones) esse livro vai ser oito ou oitenta. Entendo que não é uma história fácil, mas é completamente devorável e eu estou ainda sem palavras (por mais que esteja digitando muito). Eu não consegui parar de ler e, por sorte, eu tinha esse tempo realmente só para isso hoje. É um livro que aborda temas como morte, prisão, abandono parental, dor e recomeços. Acredito que ele seja para maiores de dezessete anos, mas não acho que vai ser o livro certo para essa idade ao mesmo tempo. Acredito que para de fato entender e aproveitar o livro como ele merece, você já precisa ter vivido um pouco mais de coisas na vida. E voltamos para a tecla da empatia. Leia com o coração e a mente aberta. Deixe que o livro realmente te mostre o caminho dele. E espero que aproveite essa leitura tão completamente como eu.

Depois de cinco anos na prisão por conta de um grande erro, Kenna está pronta para recomeçar. Ela precisou voltar para a cidade em que tudo deu errado, porque é lá que sua filha está. Por mais que todos que estejam em volta da pequena Diem a queira bem longe, ela sabe que precisa tentar. Ela não consegue imaginar sua vida sem sua filha e só de lembrar a dor do dia que a tiraram dela é algo que a faz perder forças. Ela precisa se provar e ela está disposta a tudo para que isso aconteça, mas não estão nem perto de facilitar para ela. Assim que chega de volta na cidade ela conhece Ledger. De primeira, ela nem imagina que ele é uma das pessoas que cuida de sua filha e que a protege com tudo que tem, mesmo assim ela se mostra vulnerável perto dele. E ele consegue abrir espaço para que ela mostre quem ela realmente é. Isso, é claro, não vai ser fácil e muito menos bem visto. Ambas as decisões levam para um caminho perigoso que pode afastar todo mundo e, principalmente, afastá-los de Diem. As escolhas precisam ser feitas de forma sábia e no momento certo, isso é o mais complicado aqui.

O que falar de Kenna? Essa mulher me fez repensar tantas coisas da vida que eu ainda não sei exatamente o que falar sobre. Assim como quase todas as outras personagens principais da autora, ela é forte e já passou por mais coisas do que qualquer um seria capaz de imaginar ou aguentar. Tudo que ela fez e lutou nesse livro é algo que não vou esquecer e, mais uma vez volto para essa palavra, ela me fez repensar muito sobre o que realmente é ter empatia. Ledger é fantástico. Ele está grudadinho no meu coração com o Ridge, outro personagem da Colleen que eu amo (de Maybe Someday). O que ele fez nos últimos cinco anos e o que ele faz ao decorrer da história é algo que muita gente vai julgar (eu tô me segurando para não falar mais uma vez sobre empatia, ooops, falei). Mas que homem! Que história! Diem merece todo o destaque que as crianças escritas pela Colleen merecem. Que criança adorável, que imaginação e que capacidade de deixar tudo leve, o mundo precisa demais Diems.

Os personagens secundários me ganharam. Lady Diana (sim, esse é o nome que ela gosta que a chamem) ganhou meu coração todinho. Ela foi uma luz em muitos momentos do livro e eu simplesmente amei todas as características que Colleen escolheu para ela. Foi muito pessoal para mim ler uma personagem tão forte, independente e maravilhosa com Síndrome de Down, obrigada, Colleen. O pessoal que trabalha no bar, os familiares todos, meu Deus que personagens fantásticos. Dos que aparecem mais, até os que roubam a cena um ou duas vezes apenas. Eu amo isso! Amo quando a história parece real ao ponto de até os personagens secundários serem realmente importantes. As cartas, ai, as cartas que ela escreve nesse livro são o ponto alto de tudo. E quando o título do livro faz sentido é um belo momento também.

Eu amei o ritmo do livro, amei que não teve um plot forçado (principalmente de separar porque uma agulha caiu no chão como tem em tantos livros hoje em dia) para criar um drama. O drama já é a história em si, não precisa fazer os personagens sofrerem ainda mais só para ter uma virada dramática na história. O drama já existe em cada respiração e vírgula desse livro e eu realmente amei que foi por esse caminho. As últimas trinta páginas foram meu tudo e onde perdi o rumo no choro. Que livro! Que experiência. Obrigada, Colleen. Você acabou comigo de novo (e pode continuar, rs). A única coisa que posso falar agora é: Aquilo é uma bosta de um pombo?


reminders of him
AUTOR(A): colleen hoover
EDITORA: montlake
PÁGINAS: 335
VLOG DE LEITURA
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MEU SKOOB.

LIVRO +17

sábado, 15 de janeiro de 2022

The Love Hypothesis (Ali Hazelwood)

O queridinho do BookTok não foi muito para mim. Isso quer dizer que eu achei ele ruim? Não! Ainda mais porque eu nem acredito nessa de que existam livros ruins (tirando os problemáticos, mas aí é outra história). Eu acredito que existem livros que não são bons para nós, mas que podem ser fantásticos para outros. Livros que não são muito nosso estilo, ou que não combinam com o momento que estavam vivendo e por aí vai. Faz parte e isso não quer dizer que eu tenha achado o livro péssimo, ainda mais porque quatro estrelas não é uma nota baixa (haha). O que rolou foi que o livro é absurdamente lento (e muita gente ama isso, o famoso slow burn) e a narrativa com pouco diálogo também não é muito minha vibe. Para mim, foi uma leitura cansativa e enrolada, não consegui me apegar aos personagens e nem torcer por eles, mas, ao mesmo tempo, queria ver como iria acabar e entendo o hype em volta dele. O que me lembra, achei o final mega corrido. Tudo que a história não "correu" nas primeiras trezentas e poucas páginas, é corrido nas últimas cinco (hehe). Outra coisa que acho importante registrar é que por mais que "vendam" esse livro nas divulgações dele como +18 e com conteúdo erótico, não é bem isso que encontramos. E mais alguém está percebendo que isso tem rolado demais? Muitos livros com duas ou três leves cenas de sexo sendo "vendidos" como eróticos. Acho que esse povo que faz isso nunca leu um erótico de fato (e não estou julgado, apenas comentando porque não é o primeiro que leio recentemente que falavam que ia por um caminho... mas não foi). Segura essa emoção aí, meu povo (haha). Eu diria que ele é tranquilo para maiores de dezesseis/dezessete anos, mas entendo quem achou melhor colocar dezoito (afinal, existe um plot de assédio no trabalho no livro). Ok, já fiz uma introdução grande demais, né?

Olive é uma estudante brilhante e candidata ao Ph.D da faculdade de Stanford. Ela não liga muito para relacionamentos amorosos e acredita que nem tem muito tempo para isso no momento mesmo. O problema é que sua melhor amiga é o exato oposto e acredita que Olive precisa levar seus sentimentos mais a sério. Inclusive, ela leva tão a sério os sentimentos de Olive que não está dando nem uma chance para um homem que ela super sente atração, porque ele já saiu uma vez com a Olive e ela tem medo de que isso acabe com a amiga (mesmo ela deixando claro que não liga, afinal, essa saída não tinha dado em nada mesmo). E é nessa que Olive tem uma ideia, ela resolveu contar para a amiga que já estava em outra e que ela poderia sair com o cara sem problemas. Mas como boas cientistas que são, elas precisam de provas. E é numa dessas que, para que a amiga acredite nela, Olive acaba beijando o primeiro cara que ela vê passando no corredor da faculdade.

Adam. O jovem e belo... mala, quero dizer, professor da universidade. Nenhum dos alunos vai com a cara dele e, na verdade, todos tem um pouco de medo mesmo. Afinal, ele é bem duro e direto com seus alunos. O que ela nem imaginava era que esse beijo renderia uma proposta séria que faria os dois lados lucrarem, afinal, a história se espalhou mega rápido e logo o campus todo já sabia do beijo. Eles teriam um relacionamento falso, é claro. Assim, a amiga de Olive acreditaria nela e teria seu encontro com o cara de quem estava afim. Para Adam, seria um lucro que a universidade acreditasse que ele estava "firmando raízes" por ali com aquele relacionamento, assim liberariam a verba que ele precisava para sua pesquisa. O que poderia dar errado, não é?

Eu entendo o hype, como já falei, mas não me apeguei aos dois. Inclusive, fiquei o tempo todo (mesmo que sem querer) comparando o casal desse livro com o que eu tinha lido antes, que também tinha um relacionamento falso (Written in the Stars). Eles não conversavam direito, eu não vi as fagulhas do amor real crescendo ali (ai que brega haha) e no final quando tudo começou de fato a acontecer nem foi tão emocionante, porque eu não tinha me apegado. Outro fator importante, eu amo livros em que os personagens secundários roubam a cena, mas que mesmo assim não tiram o foco dos personagens principais. Mas eu nem mesmo lembro o nome dos personagens secundários daqui, porque eles são bem esquecidos no churrasco. Enquanto escrevo a resenha estou me perguntando como que dei quatro estrelas, porque acho que se fosse agora eu teria descido para três estrelas e meia (ou três). Mas relembrando que senti lendo o livro, acho que foi porque ainda assim o livro é bom. É bem escrito, dentro do possível é devorável (porque segue sendo lento) e por aí vai. Vou manter minha nota quatro, mas não pretendo ler os próximos lançamentos da autora. Não foi para mim o estilo de escrita dela, infelizmente. 


the love hypothesis
AUTOR(A): Ali Hazelwood
EDITORA: Berkley books
PÁGINAS: 384
SKOOB DO LIVRO.
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LIVRO +17